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Mostrando postagens de abril, 2008

Marília vai formar seus técnicos (3/12/1969)

Cláudio Amaral Da Regional de Marília Marília já se está preparando para a instalação do Colégio Técnico, um dos 33 estabelecimentos que o govêrno do Estado vai criar por meio do Departamento do Ensino Profissional de São Paulo, formando a maior rêde da América Latina. É o que anunciou o prof. Walter Costa, diretor do DEPESP, em recente visita a Marília. O Colégio Técnico de Marília será instalado em 1971 no futuro “campus” de ensino técnico desta cidade, que se localizará em área de 45 mil metros quadrados, próximo ao contorno das estradas “Ribeiro de Barros” e Marília-Porto Ferrão. A doação do terreno, escolhido pelo diretor do Ensino Profissional, já está sendo preparada pela Prefeitura local, que enviará projeto de lei à Câmara de Vereadores, neste sentido. Também as instalações do Colégio Técnico já estão sendo projetadas pelo arquiteto Raymond Trad, que anuncia um prédio grande, mas sem suntuosidade, conforme lhe pediu o diretor do Departamento do Ensino Profissional do Estado de

Eduardo Martins, o Mestre

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Ele nunca levantou a voz para defender idéias, marcar posições ou passar uma orientação a um repórter, redator ou sub-editor. Por mais firme e clara que fosse a comunicação verbal, ele jamais perdeu a calma diante dos problemas do dia-a-dia do jornal. Nem mesmo durante coberturas difíceis como as duas que vive ao lado dele: os incêndios dos edifícios Andraus e Joelma. Sempre nos orientou com paciência, conhecimento de causa, benevolência. Não foi paizão, mas também não pode ser chamado de padrasto. Conhecia a língua portuguesa como poucos e a explicava com prazer. Tinha visões claríssimas a respeito de jornal e do Jornalismo. Era um professor sem igual. Um Mestre, enfim. Esse foi o Eduardo Martins que eu conheci em meados de 1969, quando comecei no Estadão como correspondente local, em Marília. Ele era editor de Interior e editava os meus textos com a mesma dedicação que dispensava às reportagens dos melhores repórteres do então maior e melhor jornal diário do Brasil. Lembro-me como se

Uma aula inesquecível

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Cláudio Amaral Minha passagem pelo Comércio da Franca (Franca - SP, a 400 quilômetros da capital paulista) foi uma das mais ricas dos meus (até então) 38 anos de Jornalismo, completados no dia 1º de maio de 2006. Lá, costumo dizer, ensinei bastante e aprendi muito mais. Todos me ensinaram: dos mais jovens e inexperientes (a grande maioria, na época) aos mais experientes. E entre os experientes eu destaco a figura maiúscula do Professor (com P) Everton de Paula ( foto ). Ele foi revisor, repórter, redator e editor do Comércio. Hoje, além de participar do corpo diretivo da maior universidade de Franca, a Unifran, é, reconhecidamente, a maior autoridade da cidade e região (se não do Estado e do País) em Língua Portuguesa. Pois bem: quando cheguei a Franca, no dia 4 de abril de 2005, para instruir e orientar o pessoal da Redação, fui informado que o Professor Everton de Paula dava aulas práticas de Português para os jornalistas do Comércio, um dos maiores e mais bem feitos jornais diários

Livros indispensáveis

Cláudio Amaral Tenho e li uma série razoável de livros indispensáveis. Especialmente para quem, como nós (você e eu), atua no Jornalismo. Alguns, li e reli. É o caso, por exemplo, de O Reino e o Poder , de autoria de Gay Talese, jornalista e escritor natural dos Estados Unidos. Trata-se de um best-seller que nos coloca dentro do maior e mais respeitado jornal diário do mundo: The New York Times . Este livro me ensinou muito. E ensina a cada página que releio. Pena que é uma obra rara. Tão rara e valiosa que vale a pena você ir atrás, como fiz na semana que passou, quando recuperei um exemplar que havia emprestado e que estou relendo, frase por frase, parágrafo por parágrafo, página por página. Vale a pena. Se você conhece O Reino e o Poder , parabéns! Se você não conhece e deseja saber mais a respeito, entre no site www.gaytalese.com . 6/4/2008 17:20:08

Seis meses em Campinas

Cláudio Amaral Cheguei em Campinas em novembro de 1970. Viajei a noite toda de ônibus. Primeiro, de Marília a São Paulo, pelo Expresso de Prata. Depois, de São Paulo a Campinas, pela Cometa. Ao descer do ônibus, no centro de Campinas, perguntei aos motoristas do ponto de táxi mais próximo se eles conheciam a sucursal do Estadão e um deles se dispôs a me levar. Rodamos pelo menos 15 minutos e quando lá cheguei, e depois de ter pagado a corrida e dispensado o táxi, fui informado por um dos funcionários do local que lá era a distribuidora de jornais. “A sucursal fica no centro”, disse-me um rapaz, que logo se prontificou a me levar. Fomos numa Kombi, o que para mim não era novidade, porque eu havia aprendido a dirigir automóveis exatamente num veículo como aquele, de propriedade de meu pai. A novidade foi saber, ao chegar à sucursal, que não precisava ter feito aquelas duas viagens, do centro à sede da distribuidora de jornais, e de lá para o prédio da sucursal. Bastava ter atravessado a