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Mostrando postagens de 2013

COPY DESK, O ANÔNIMO EDITOR DE TEXTO

NEI DUCLOS (*) Fui copy a vida inteira. Chamava-se redator, uma função que sumiu na imprensa. Chegávamos mais tarde e saíamos por último, junto com o editor. Recebíamos os textos, copidescávamos, fazíamos o fechamento, como títulos, olhos, legendas etc. Hoje repórter faz tudo isso. A terceirização desses encargos liberava a reportagem da chatice de acertar o número exato de toques de um título sem cair no ramerrão muito comum hoje, de usar "diz que" ou verbos esdrúxulos como mirar (mira é curto, aparentemente resolve, mas fica estranho). Um bom copy é obrigatoriamente criativo, além de competente, e o primeiro a ler a matéria, o amigo dos leitores do jornal ou revista. Os copys eram anônimos para o grande público, só conhecidos e valorizados no meio jornalístico. Chamavam um bom copy de “puta texto”, que extraía maravilhas de uma maçaroca de dados. Grandes copys ficam na História, como o legendário Miltainho, Mylton Severiano da Silva, que fazia dupla com repórteres antológ

SUGESTÃO DE PAUTA: A despedida de Neymar

Cláudio Amaral Se pauteiro eu fosse, hoje… E, se ao invés de pauteiro, eu fosse chefe de reportagem… E, se ao invés de pauteiro ou chefe de reportagem eu fosse editor de esportes ou chefe ou diretor de redação num jornal diário ou numa revista semanal ou numa emissora de rádio ou de televisão… Ou melhor: se estivesse repórter de esportes ou de geral ou especial, isso não importa, o que importa é se repórter eu fosse neste momento de tanta agitação por conta da despedida do craque Neymar, o que eu gostaria de fazer ou o que faria? Faria, ou melhor, gostaria de fazer – primeiro – uma pesquisa preparatória, daquelas que fiz por vezes durante minhas passagens pelas redações, pela ordem, do Jornal do Comércio e da Rádio Verinha de Marília (SP), do Estadão, do Diário de Notícias do Rio de Janeiro, do Correio Braziliense (DF), do Diário Oficial do Estado de São Paulo, d’O Estado do Mato Grosso do Sul e da TV Morena/Rede Globo (em Campo Grande/MS), do Comércio da Franca (SP) e d’A

LAURENTINO GOMES NO MASTER: PUBLICAR LIVROS EXIGE INVESTIMENTOS PESSOAIS

Cláudio Amaral (*) Laurentino Gomes não esperou que a aposentadoria lhe caísse no colo. Mesmo sabendo que teria os benefícios de quem ocupava cargo de destaque entre os executivos da Editora Abril. Em 2008, resolveu correr todos os riscos possíveis e imagináveis – e até os inimagináveis –, pediu demissão e se arriscou numa empreitada própria: escrever livros a respeito da história do Brasil, mesmo não sendo historiador, como faz questão de dizer. E não se arrepende. Até porque hoje ganha mais do que o polpudo salário que tinha na ocasião desta importante decisão. Na terceira vez em que esteve no IICS, sexta-feira, 26/4/2013, a convite do Professor Carlos Alberto Di Franco, diretor de Comunicação do Instituto Internacional de Comunicação Social, Laurentino Gomes falou de suas experiências aos alunos do Módulo 2 do Master em Gestão Estratégica e de Marcas. Se declarou paranaense de nascimento, ituano de coração e admirador do trabalho do Master: “Creio que o Master preenche muito

EXEMPLO DE VIDA. AULA DE JORNALISMO

Duas Jornalistas (com J) me surpreenderam nesta sexta-feira (19 de abril de 2013). Uma, Helle Alves, com um maravilhoso exemplo de vida. Outra, Ivani Cardoso, com uma aula de Jornalismo. Aproveito para recomendar esse fato histórico aos meus e-leitores de Aos Estudantes de Jornalismo . Como quero escrever pouco, republico aqui uma frase exemplar de Helle Alves: “O jovem tem que fugir da burocracia, não pode ser só mão de obra, tem que se libertar das amarras da cadeira e do computador e ir buscar histórias na rua”. Só mais uma frase, que também serve de exemplo para os futuros Jornalistas: “Os livros sempre foram essenciais. Desde cedo eu lia muito. Adorava ler e, como não tinha dinheiro, lia o que me caía nas mãos, em revistas e livros emprestados, cedidos e até roubados do quarto do meu tio Olavo, no qual achei Nietzsche, Schopenhauer e romances policiais, entre outros”. Prestem atenção, caros e-leitores: Helle Alves é um exemplo também de determinação para quem – c