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Mostrando postagens de novembro, 2013

COPY DESK, O ANÔNIMO EDITOR DE TEXTO

NEI DUCLOS (*) Fui copy a vida inteira. Chamava-se redator, uma função que sumiu na imprensa. Chegávamos mais tarde e saíamos por último, junto com o editor. Recebíamos os textos, copidescávamos, fazíamos o fechamento, como títulos, olhos, legendas etc. Hoje repórter faz tudo isso. A terceirização desses encargos liberava a reportagem da chatice de acertar o número exato de toques de um título sem cair no ramerrão muito comum hoje, de usar "diz que" ou verbos esdrúxulos como mirar (mira é curto, aparentemente resolve, mas fica estranho). Um bom copy é obrigatoriamente criativo, além de competente, e o primeiro a ler a matéria, o amigo dos leitores do jornal ou revista. Os copys eram anônimos para o grande público, só conhecidos e valorizados no meio jornalístico. Chamavam um bom copy de “puta texto”, que extraía maravilhas de uma maçaroca de dados. Grandes copys ficam na História, como o legendário Miltainho, Mylton Severiano da Silva, que fazia dupla com repórteres antológ