Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2011

Na sala, com o doutor Sócrates

Daniel Pereira O Sócrates é invendável, inegociável e imprestável. O cartola que tascou essa pérola lá pelo começo dos anos 80 (recusando proposta do futebol francês pelo novo ídolo corinthiano) é aquele mesmo que agradeceu a Antártica pelas braminhas que ganhou. Diz a lenda que o inefável Vicente Matheus era um brucutu semi-analfabeto. Há controvérsias. Noutra versão, ele dava essas mancadas de propósito. Pelo sim, pelo não, no caso das brejas ele poderia (na devida proporção) ter se eternizado como o McLuhan da micro-aldeia tupiniquim – afinal, hoje, braminhas e antárticas são cevadas do mesmo saco. Especular o passado só serve para a história, costuma dizer Sócrates, o último filósofo do falecido futebol brasileiro (antes dele, só me lembro do Afonsinho, também médico como o Magrão). O ser socrático é paradoxal por natureza. O cidadão Sócrates Brasileiro, como todo cara tímido, precisava de inspiração para extravasar sua oralidade genial. Já o jogador de futebol, não. Magro como uma