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O TECLADO QUE NÃO TINHA A LETRA ‘O’

Luiz Roberto de Souza Queiroz (*) Foca recém-chegado no final da década de 60, um companheiro (que hoje já partiu) recebeu como missão me acompanhar numa entrevista. Devia escrever seu texto e comparar com o meu que, com quatro anos de jornal, era considerado veterano. Era assim que se ensinava jornalismo. O entrevistado, sapateiro italiano, viera expor suas ‘obras de arte’ calçáveis e tudo correu bem. Voltamos ao jornal, indiquei uma máquina para o foquinha, escrevi a matéria e esperei o foca, que não terminava nunca. Quando fui à mesa dele, explicou que estava demorando ‘porque essa máquina não tem a letra O’. Assim, cada ‘O’ que precisava teclar ele tirava a lauda, escrevia o ‘O’ à mão e voltava a pôr o papel na máquina. É claro que havia o ‘O’, mas na oficina o consertador de máquinas tinha substituído a tecla que caíra por uma tecla com o ‘W’ gravado. Para quem dominava o teclado não havia problema... a não ser para o foca. Já com vários rep