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Aos Chefes, com carinho

Mario Rocha, especial para o blogue Aos Estudantes de Jornalismo  (*) Sempre ouvi que experiencia se vive, não se ensina. Mas nada mais útil do que receber um mapa do caminho já percorrido por outros. Vou aproveitar esse espaço para tentar passar, aos novos jornalistas, experiencias que aprendi com chefes, pessoas que já trilharam o caminho e fizeram algumas marcações. "O importante é conhecer gente". Um dos meus primeiros chefes me disse isso. Acreditei, mas não levei MUITA fé. Jovem, impetuoso, acreditava que meu currículo e meu conhecimento seriam suficientes. Ledo engano. Currículo, boa formação, ética profissional e constante aprimoramento são fundamentais. Mas o importante é conhecer gente. Não da maneira escrota, conseguir vaga através do famoso QI, quem indica. Mas para quem contrata, saber o histórico da pessoa é muito importante, principalmente num meio como o nosso, onde não lidamos exatamente com questões exatas. É muito difícil ter i

Plus ça change plus c’est la même chose (*)

Jotabê Medeiros (**)  No jornalismo, a coisa ganhou certos contornos de sadismo, todo mundo do ramo que a gente encontra imediatamente pergunta: "Atualmente, você tá fazendo o quê?". Eu? Lavando a roupa de manhã e cozinhando feijão ao meio-dia. Descendo a rua de bicicleta com os filhos e mastigando grãos de café vermelhos no cafeeiro do vizinho. Fora isso, a atividade periférica é a de sempre: escavar umas histórias para pagar o aluguel. Nada mudou, embora tudo tenha mudado. Como dizia outro João Batista jornalista, o Karr: quanto mais muda, mais é a mesma coisa. A diferença é que parece haver menos concorrência, ninguém mais quer saber de escarafunchar as coisas a fundo. Antigamente, dizia-se que as notícias de hoje embrulhariam o peixe de amanhã. Era uma metáfora do envelhecimento veloz da informação, que vinha na forma de jornal impresso e só teria utilidade, no futuro próximo, para o feirante embrulhar o peixe e entregar ao cliente. Invertemos o dit