Eduardo Martins, o Mestre
Ele nunca levantou a voz para defender idéias, marcar posições ou passar uma orientação a um repórter, redator ou sub-editor.
Por mais firme e clara que fosse a comunicação verbal, ele jamais perdeu a calma diante dos problemas do dia-a-dia do jornal. Nem mesmo durante coberturas difíceis como as duas que vive ao lado dele: os incêndios dos edifícios Andraus e Joelma.
Sempre nos orientou com paciência, conhecimento de causa, benevolência.
Não foi paizão, mas também não pode ser chamado de padrasto.
Conhecia a língua portuguesa como poucos e a explicava com prazer.
Tinha visões claríssimas a respeito de jornal e do Jornalismo.
Era um professor sem igual.
Um Mestre, enfim.
Esse foi o Eduardo Martins que eu conheci em meados de 1969, quando comecei no Estadão como correspondente local, em Marília.
Ele era editor de Interior e editava os meus textos com a mesma dedicação que dispensava às reportagens dos melhores repórteres do então maior e melhor jornal diário do Brasil.
Lembro-me como se fosse hoje a edição primorosa que ele deu a um texto meu publicado no Estadão do dia 3 de dezembro de 1969, exatamente no dia em que eu completava 20 anos de idade e um ano e oito meses de Jornalismo.
Foi a primeira vez que ele assinou uma reportagem minha com a identificação “Correspondente Regional em Marília”, colocando abaixo do meu nome a inscrição: "Da Regional de Marília".
Até então, os meus textos, quando assinados, me identificavam como “Correspondente em Marília”.
Li e reli aquele texto incontáveis vezes. Sorvi cada palavra, cada vírgula, cada ponto, cada parágrafo, cada travessão, cada título, cada intertítulo da minha matéria.
Fiquei tão feliz ao abrir o Estadão daquele dia, mas tão feliz, que joguei o jornal para o alto, ainda aberto.
Os colegas presentes à Redação do Jornal do Comércio de Marília naquela manhã custaram a entender minha alegria, mas depois me deram razão. E parabéns, claro.
Respeito
Claro que os meus primeiros textos não tinham nível para sair na integra nas páginas do Estadão. Mesmo assim, Eduardo Martins procurava alterar o mínimo possível.
Ele tinha respeito por todos nós, correspondentes no Interior paulista: José Rodrigues em Ourinhos, Antônio Higa em São José do Rio Preto, Cesar Savi em Bauru, Ariovaldo Bonas em Lins, Stipp Júnior no Vale do Paraíba, Sérgio Coelho em Sorocaba, Francisco Ornellas em Mogi das Cruzes, José Marqueiz no ABC, Rubens Zaidan em Ribeirão Preto, Mário L. Erbolato em Campinas, Lincoln Ricci em Tupã, entre outros.
E, exatamente por respeito, raramente ele mandava reescrever nossos textos.
Do Sérgio Coelho, então, jamais. Ele tinha mais do que respeito pelos textos do correspondente em Sorocaba. Ele admirava o estilo de Sérgio Coelho. Tanto que um dia, quando eu já estava em São Paulo, na Redação da Rua Major Quedinho, 28 – 5º andar, no centro velho da Capital paulista, ele me disse:
- Se eu pudesse escolher e adotar um estilo de redação, eu elegeria o do Sérgio Coelho.
Ele continuou a editar textos meus quando o Estadão me transferiu de Marília para a sucursal de Campinas.
Nossa parceria foi interrompida apenas quando fui promovido a repórter da sede e vim trabalhar na Editoria de Esportes, aqui em São Paulo.
Mesmo assim, ele me socorreu toda vez que eu o procurei. Sempre com boa vontade, generosidade, paciência.
Nunca foi capaz de humilhar um foca, um repórter, uma pessoa... simplesmente porque ele/ela não soubesse escrever corretamente. Mesmo que, ao invés de exceção, o autor tivesse escrito essessão ou excessão ou paralizia ao invés de paralisia.
Em casos assim, ele chamava o autor e dava a maior aula em torno de cada palavra grafada com erro. Sempre com respeito.
Era um Mestre.
Troca
Quando eu não agüentei mais a ignorância e a arrogância dos jogadores de futebol e decidi deixar a Editoria de Esportes, fui imediatamente à procura dos conselhos de Eduardo Martins.
E ele?
Ele me prometeu uma vaga na turma que chefiava, a equipe de reportagem geral do Estadão.
Infelizmente, entretanto, essa vaga ainda não existia.
Logo, entretanto, ele encontrou a solução: ele sabia que o repórter especial Tuca Pereira de Queiroz, um dos melhores entre todos os especialistas em futebol que trabalhavam na S/A O Estado de S. Paulo (Estadão, Jornal da Tarde, Agência Estado) não estava satisfeito na Geral.
Sabia mais: que o Tuca ficaria muito feliz em trocar de lugar comigo, pois poderia voltar a escrever para as páginas de Esportes.
Por sugestão dele, eu e o Tuca conversamos e decidimos propor uma troca aos nossos respectivos chefes.
Com o “de acordo” de Ludemberg Teixeira de Góes, editor de Esportes, e dele, Eduardo Martins, chefe de reportagem, eu fui para a vaga do Tuca na Geral e ele passou a ocupar a minha, em Esportes.
A partir de então, fomos muito felizes: Tuca nos campos de futebol e eu nas ruas de São Paulo e de outras capitais, no Brasil e no Exterior.
Eu entrava na Redação do Estadão às 7 horas da manhã, recebia as pautas das mãos de Silvio Sérgio Sanvito (o sub-chefe/pauteiro da Geral), ia para as ruas, voltava, escrevia, saia de novo quantas vezes fosse preciso, sempre com a maior boa vontade, e só voltava para casa, na Aclimação, à noite. Sempre feliz da vida.
Só fui deixar a Geral e a Redação do Estadão, devidamente licenciado, quando convidado a assumir a Assessoria de Divulgação da Secretaria da Agricultura do Governo do Estado de São Paulo, em março de 1975.
Fui, mas nunca perdi contato com a Redação do Estadão. Muito menos com Eduardo Martins.
Livros e Campo Grande
Estive em todas as sessões de autógrafos dele, quando dos lançamentos do Manual de Redação e Estilo do Estadão e outros livros.
Tenho todos autografados por ele.
Nosso último contato foi quando eu estava diretor de Redação do jornal O Estado de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, em 2004/2005.
Liguei para ele e o convidei, em nome da direção do jornal, para ir à capital sul-mato-grossense falar com os jornalistas que trabalhavam comigo.
Ele aceitou prontamente e lembrou, por exemplo, que havia morado lá quando moço, numa casa grande situada ao lado da agência central dos Correios.
Disse que ficaria muito feliz se pudesse rever a cidade e os lugares por onde passou anos, antes de vir para São Paulo, aos 17 anos.
Trocamos inúmeras mensagens pelo correio eletrônico, sempre em busca de uma data ideal para a tal viagem, mas ela nunca aconteceu, porque eu deixei o jornal e Campo Grande antes do que havia previsto.
Aposentadoria forçada
Fiquei triste quando soube que ele havia se aposentado (contrariado, dizem) e não pertencia mais ao quadro fixo de profissionais do Estadão.
Disse a mim mesmo e a amigos comuns que ele deveria encerrar a carreira somente depois que ocupasse – e por muitos anos – a direção de Redação do Estadão. Mas me convenci de que ele não era ou não queria ser político o suficiente para chegar lá.
A propósito, lembrei-me de uma frase do saudoso e astuto editor de Economia do Estadão na época em que eu cheguei a São Paulo, o Doutor Frederico Heller, quando eu perguntei a razão da queda do então ministro da Agricultura, Cirne Lima.
- Ele não é filho da puta o suficiente para se manter no governo.
Talvez, quem sabe, Eduardo Martins não fosse, também.
Ele fará falta, sempre
Eduardo Martins viveu intensamente até os 30 minutos de 13 de abril de 2008, quando deixou de respirar por conta de insuficiência gerada por um tumor na bexiga.
Estava internado desde o dia 9 no Hospital São Camilo, na zona oeste de São Paulo.
Antes de nos deixar, entretanto, como relata o repórter especial José Maria Mayrink no Estadão de segunda-feira, 14/4/2008, Eduardo Martins conferiu o texto da coluna De Palavra em Palavra, impresso no Estadinho de domingo, dia da morte dele, no qual afirmava: “Use Olimpíada, sem problemas”. Estava ao lado da esposa, Maria Thereza, com sempre esteve nos últimos 47 anos e 7 meses (44 de casamento e 3 anos e 7 meses de namoro e noivado).
Eduardo Martins, disse e repito, foi uma pessoa, um homem, um Mestre, um Jornalista que nos fará muita falta. Agora e por muitos e muitos anos.
Nascido em Cáceres (MT), em 26 de julho de 1939, Eduardo Martins teve o corpo sepultado às 16 horas de domingo (13/4/2008), no Cemitério São Paulo, em Pinheiros, na presença de cerca de 120 familiares, companheiros de trabalho e amigos. No sábado seguinte, 19/4/2008, nos reunimos na Igreja Nossa Senhora Aparecida, na Rua Lemos Conde, 201, na Vila Beatriz, Alto de Pinheiros, para a celebração da Missa de 7º Dia.
16/4/2008 13:13:36
Por mais firme e clara que fosse a comunicação verbal, ele jamais perdeu a calma diante dos problemas do dia-a-dia do jornal. Nem mesmo durante coberturas difíceis como as duas que vive ao lado dele: os incêndios dos edifícios Andraus e Joelma.
Sempre nos orientou com paciência, conhecimento de causa, benevolência.
Não foi paizão, mas também não pode ser chamado de padrasto.
Conhecia a língua portuguesa como poucos e a explicava com prazer.
Tinha visões claríssimas a respeito de jornal e do Jornalismo.
Era um professor sem igual.
Um Mestre, enfim.
Esse foi o Eduardo Martins que eu conheci em meados de 1969, quando comecei no Estadão como correspondente local, em Marília.
Ele era editor de Interior e editava os meus textos com a mesma dedicação que dispensava às reportagens dos melhores repórteres do então maior e melhor jornal diário do Brasil.
Lembro-me como se fosse hoje a edição primorosa que ele deu a um texto meu publicado no Estadão do dia 3 de dezembro de 1969, exatamente no dia em que eu completava 20 anos de idade e um ano e oito meses de Jornalismo.
Foi a primeira vez que ele assinou uma reportagem minha com a identificação “Correspondente Regional em Marília”, colocando abaixo do meu nome a inscrição: "Da Regional de Marília".
Até então, os meus textos, quando assinados, me identificavam como “Correspondente em Marília”.
Li e reli aquele texto incontáveis vezes. Sorvi cada palavra, cada vírgula, cada ponto, cada parágrafo, cada travessão, cada título, cada intertítulo da minha matéria.
Fiquei tão feliz ao abrir o Estadão daquele dia, mas tão feliz, que joguei o jornal para o alto, ainda aberto.
Os colegas presentes à Redação do Jornal do Comércio de Marília naquela manhã custaram a entender minha alegria, mas depois me deram razão. E parabéns, claro.
Respeito
Claro que os meus primeiros textos não tinham nível para sair na integra nas páginas do Estadão. Mesmo assim, Eduardo Martins procurava alterar o mínimo possível.
Ele tinha respeito por todos nós, correspondentes no Interior paulista: José Rodrigues em Ourinhos, Antônio Higa em São José do Rio Preto, Cesar Savi em Bauru, Ariovaldo Bonas em Lins, Stipp Júnior no Vale do Paraíba, Sérgio Coelho em Sorocaba, Francisco Ornellas em Mogi das Cruzes, José Marqueiz no ABC, Rubens Zaidan em Ribeirão Preto, Mário L. Erbolato em Campinas, Lincoln Ricci em Tupã, entre outros.
E, exatamente por respeito, raramente ele mandava reescrever nossos textos.
Do Sérgio Coelho, então, jamais. Ele tinha mais do que respeito pelos textos do correspondente em Sorocaba. Ele admirava o estilo de Sérgio Coelho. Tanto que um dia, quando eu já estava em São Paulo, na Redação da Rua Major Quedinho, 28 – 5º andar, no centro velho da Capital paulista, ele me disse:
- Se eu pudesse escolher e adotar um estilo de redação, eu elegeria o do Sérgio Coelho.
Ele continuou a editar textos meus quando o Estadão me transferiu de Marília para a sucursal de Campinas.
Nossa parceria foi interrompida apenas quando fui promovido a repórter da sede e vim trabalhar na Editoria de Esportes, aqui em São Paulo.
Mesmo assim, ele me socorreu toda vez que eu o procurei. Sempre com boa vontade, generosidade, paciência.
Nunca foi capaz de humilhar um foca, um repórter, uma pessoa... simplesmente porque ele/ela não soubesse escrever corretamente. Mesmo que, ao invés de exceção, o autor tivesse escrito essessão ou excessão ou paralizia ao invés de paralisia.
Em casos assim, ele chamava o autor e dava a maior aula em torno de cada palavra grafada com erro. Sempre com respeito.
Era um Mestre.
Troca
Quando eu não agüentei mais a ignorância e a arrogância dos jogadores de futebol e decidi deixar a Editoria de Esportes, fui imediatamente à procura dos conselhos de Eduardo Martins.
E ele?
Ele me prometeu uma vaga na turma que chefiava, a equipe de reportagem geral do Estadão.
Infelizmente, entretanto, essa vaga ainda não existia.
Logo, entretanto, ele encontrou a solução: ele sabia que o repórter especial Tuca Pereira de Queiroz, um dos melhores entre todos os especialistas em futebol que trabalhavam na S/A O Estado de S. Paulo (Estadão, Jornal da Tarde, Agência Estado) não estava satisfeito na Geral.
Sabia mais: que o Tuca ficaria muito feliz em trocar de lugar comigo, pois poderia voltar a escrever para as páginas de Esportes.
Por sugestão dele, eu e o Tuca conversamos e decidimos propor uma troca aos nossos respectivos chefes.
Com o “de acordo” de Ludemberg Teixeira de Góes, editor de Esportes, e dele, Eduardo Martins, chefe de reportagem, eu fui para a vaga do Tuca na Geral e ele passou a ocupar a minha, em Esportes.
A partir de então, fomos muito felizes: Tuca nos campos de futebol e eu nas ruas de São Paulo e de outras capitais, no Brasil e no Exterior.
Eu entrava na Redação do Estadão às 7 horas da manhã, recebia as pautas das mãos de Silvio Sérgio Sanvito (o sub-chefe/pauteiro da Geral), ia para as ruas, voltava, escrevia, saia de novo quantas vezes fosse preciso, sempre com a maior boa vontade, e só voltava para casa, na Aclimação, à noite. Sempre feliz da vida.
Só fui deixar a Geral e a Redação do Estadão, devidamente licenciado, quando convidado a assumir a Assessoria de Divulgação da Secretaria da Agricultura do Governo do Estado de São Paulo, em março de 1975.
Fui, mas nunca perdi contato com a Redação do Estadão. Muito menos com Eduardo Martins.
Livros e Campo Grande
Estive em todas as sessões de autógrafos dele, quando dos lançamentos do Manual de Redação e Estilo do Estadão e outros livros.
Tenho todos autografados por ele.
Nosso último contato foi quando eu estava diretor de Redação do jornal O Estado de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, em 2004/2005.
Liguei para ele e o convidei, em nome da direção do jornal, para ir à capital sul-mato-grossense falar com os jornalistas que trabalhavam comigo.
Ele aceitou prontamente e lembrou, por exemplo, que havia morado lá quando moço, numa casa grande situada ao lado da agência central dos Correios.
Disse que ficaria muito feliz se pudesse rever a cidade e os lugares por onde passou anos, antes de vir para São Paulo, aos 17 anos.
Trocamos inúmeras mensagens pelo correio eletrônico, sempre em busca de uma data ideal para a tal viagem, mas ela nunca aconteceu, porque eu deixei o jornal e Campo Grande antes do que havia previsto.
Aposentadoria forçada
Fiquei triste quando soube que ele havia se aposentado (contrariado, dizem) e não pertencia mais ao quadro fixo de profissionais do Estadão.
Disse a mim mesmo e a amigos comuns que ele deveria encerrar a carreira somente depois que ocupasse – e por muitos anos – a direção de Redação do Estadão. Mas me convenci de que ele não era ou não queria ser político o suficiente para chegar lá.
A propósito, lembrei-me de uma frase do saudoso e astuto editor de Economia do Estadão na época em que eu cheguei a São Paulo, o Doutor Frederico Heller, quando eu perguntei a razão da queda do então ministro da Agricultura, Cirne Lima.
- Ele não é filho da puta o suficiente para se manter no governo.
Talvez, quem sabe, Eduardo Martins não fosse, também.
Ele fará falta, sempre
Eduardo Martins viveu intensamente até os 30 minutos de 13 de abril de 2008, quando deixou de respirar por conta de insuficiência gerada por um tumor na bexiga.
Estava internado desde o dia 9 no Hospital São Camilo, na zona oeste de São Paulo.
Antes de nos deixar, entretanto, como relata o repórter especial José Maria Mayrink no Estadão de segunda-feira, 14/4/2008, Eduardo Martins conferiu o texto da coluna De Palavra em Palavra, impresso no Estadinho de domingo, dia da morte dele, no qual afirmava: “Use Olimpíada, sem problemas”. Estava ao lado da esposa, Maria Thereza, com sempre esteve nos últimos 47 anos e 7 meses (44 de casamento e 3 anos e 7 meses de namoro e noivado).
Eduardo Martins, disse e repito, foi uma pessoa, um homem, um Mestre, um Jornalista que nos fará muita falta. Agora e por muitos e muitos anos.
Nascido em Cáceres (MT), em 26 de julho de 1939, Eduardo Martins teve o corpo sepultado às 16 horas de domingo (13/4/2008), no Cemitério São Paulo, em Pinheiros, na presença de cerca de 120 familiares, companheiros de trabalho e amigos. No sábado seguinte, 19/4/2008, nos reunimos na Igreja Nossa Senhora Aparecida, na Rua Lemos Conde, 201, na Vila Beatriz, Alto de Pinheiros, para a celebração da Missa de 7º Dia.
16/4/2008 13:13:36
Comentários
Abs,
Ana Paula G. Veiga.
Esta é, com certeza, uma das mais belas homenagens que poderiam ser prestadas ao nosso antigo companheiro de grandes jornadas, do tempo em que o Estadão (e algumas outras poucas empresas jornalísticas) ainda era uma grande família de profissionais dispostos a qualquer sacrifício para cumprir o dever de informar bem e corretamente (em bom português).
A você, também as minhas homenagens pela brilhante mensagem e pelas lembranças.
Um grande abraço do sempre amigo
Silvio Sanvito