Qual é o futuro do jornal em papel? Confesso que...
Cláudio Amaral
Estive em Adamantina, a 600 quilômetros de São Paulo, Capital, nos dias 18, 19 e 20 de agosto de 2008.
Adamantina (http://pt.wikipedia.org/wiki/Adamantina) é a cidade em que nasci a 3 de dezembro de 1949 e de onde parti a 5 de janeiro de 1969.
Fui, desta vez, a convite da Secretaria da Cultura da Prefeitura de Adamantina e da FAI, as Faculdades Adamantinenses Integradas (http://www.fai.com.br/).
O convite incluiu uma conversa com alunos do curso de Comunicação Social, coordenado pela professora Ana Luisa Antunes Dias, e o lançamento da segunda edição, revista e ampliada, de Meus escritos de memória.
Falei no auditório da Biblioteca Municipal, no centro da cidade.
Na platéia estavam professores, jornalistas, radialistas e quase todos os 130 futuros jornalistas e publicitários a serem formados pela FAI neste e nos próximos anos.
E qual foi a primeira pergunta que alguém da platéia me fez?
Quem adivinhar ganha um pirulito de plástico.
Isso mesmo: qual é o futuro do jornal em papel?
A mesma pergunta que alguém deve ter feito a outrem quando do surgimento do papiro (http://pt.wikipedia.org/wiki/Papiro), que viria substituir as tábuas de leitura; da descoberta do papel (http://robertosales.br.tripod.com/interest.htm), que acabou com o reinado do papiro; da invenção dos tipos moveis por Gutemberg (http://pt.wikipedia.org/wiki/Johannes_Gutenberg), batizado na época de “o pai da imprensa moderna”.
A mesma pergunta, devidamente adaptada, que alguém fez a outrem quando se imaginou que a televisão mataria o rádio e o cinema.
É sempre assim: a cada invenção, revolucionária ou não, imagina-se o fim da mídia predominante.
Algumas mortes realmente aconteceram. O telex (http://pt.wikipedia.org/wiki/Telex) praticamente matou o telégrafo (http://www.historiadetudo.com/telegrafo.html) e o correio eletrônico, via Internet, acabou com o que restava do telex.
Até agora, entretanto, a Internet não acabou de vez com o fax (http://pt.wikipedia.org/wiki/Fax).
Mas, afinal, os meios eletrônicos vão ou não acabar com os impressos: livros, revistas e jornais, especialmente?
Disse aos estudantes da FAI, em Adamantina, na noite de 19 de agosto de 2008, e repito: não tenho a menor idéia.
Falei e reafirmo o que disse na ocasião: quem vem afirmando (e aquele que sustentar) que os meios eletrônicos vão matar os impressos está se sujeitando a errar feio. Ou não?
Confesso, sinceramente, que não tenho a menor condição de concordar ou discordar daqueles que pregam o fim dos impressos.
Até porque, como sustentou o jornalista e escritor Mário Prata na página 25 da revista Fantástico de julho de 2008: “livro tem de ter cheiro de livro”.
Ele disse e eu acrescento, para por mais lenha na fogueira: jornal tem de ter cheiro de jornal, pois, caso contrário, não é jornal, assim como livro sem cheiro de livro não é livro e revista sem cheiro de revista não é revista.
24/8/2008 22:22:28
Estive em Adamantina, a 600 quilômetros de São Paulo, Capital, nos dias 18, 19 e 20 de agosto de 2008.
Adamantina (http://pt.wikipedia.org/wiki/Adamantina) é a cidade em que nasci a 3 de dezembro de 1949 e de onde parti a 5 de janeiro de 1969.
Fui, desta vez, a convite da Secretaria da Cultura da Prefeitura de Adamantina e da FAI, as Faculdades Adamantinenses Integradas (http://www.fai.com.br/).
O convite incluiu uma conversa com alunos do curso de Comunicação Social, coordenado pela professora Ana Luisa Antunes Dias, e o lançamento da segunda edição, revista e ampliada, de Meus escritos de memória.
Falei no auditório da Biblioteca Municipal, no centro da cidade.
Na platéia estavam professores, jornalistas, radialistas e quase todos os 130 futuros jornalistas e publicitários a serem formados pela FAI neste e nos próximos anos.
E qual foi a primeira pergunta que alguém da platéia me fez?
Quem adivinhar ganha um pirulito de plástico.
Isso mesmo: qual é o futuro do jornal em papel?
A mesma pergunta que alguém deve ter feito a outrem quando do surgimento do papiro (http://pt.wikipedia.org/wiki/Papiro), que viria substituir as tábuas de leitura; da descoberta do papel (http://robertosales.br.tripod.com/interest.htm), que acabou com o reinado do papiro; da invenção dos tipos moveis por Gutemberg (http://pt.wikipedia.org/wiki/Johannes_Gutenberg), batizado na época de “o pai da imprensa moderna”.
A mesma pergunta, devidamente adaptada, que alguém fez a outrem quando se imaginou que a televisão mataria o rádio e o cinema.
É sempre assim: a cada invenção, revolucionária ou não, imagina-se o fim da mídia predominante.
Algumas mortes realmente aconteceram. O telex (http://pt.wikipedia.org/wiki/Telex) praticamente matou o telégrafo (http://www.historiadetudo.com/telegrafo.html) e o correio eletrônico, via Internet, acabou com o que restava do telex.
Até agora, entretanto, a Internet não acabou de vez com o fax (http://pt.wikipedia.org/wiki/Fax).
Mas, afinal, os meios eletrônicos vão ou não acabar com os impressos: livros, revistas e jornais, especialmente?
Disse aos estudantes da FAI, em Adamantina, na noite de 19 de agosto de 2008, e repito: não tenho a menor idéia.
Falei e reafirmo o que disse na ocasião: quem vem afirmando (e aquele que sustentar) que os meios eletrônicos vão matar os impressos está se sujeitando a errar feio. Ou não?
Confesso, sinceramente, que não tenho a menor condição de concordar ou discordar daqueles que pregam o fim dos impressos.
Até porque, como sustentou o jornalista e escritor Mário Prata na página 25 da revista Fantástico de julho de 2008: “livro tem de ter cheiro de livro”.
Ele disse e eu acrescento, para por mais lenha na fogueira: jornal tem de ter cheiro de jornal, pois, caso contrário, não é jornal, assim como livro sem cheiro de livro não é livro e revista sem cheiro de revista não é revista.
24/8/2008 22:22:28
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