O meu teste de fogo
Cláudio Amaral O meu teste de fogo para a primeira transferência de cidade dentro da rede de correspondentes do Estadão foi a cobertura dos Jogos Abertos do Interior em Bauru (SP), em 1970. Eu nunca havia participado de uma cobertura tão grande. Além da grandeza e da importância daquele trabalho, tive que enfrentar uma ciumeira inexplicável do pessoal de Bauru. Jornalistas, dirigentes e políticos locais não se conformavam com o fato de o Estadão ter mandado a aquela cidade exatamente um repórter de Marília, que eles consideravam inferior em todos os sentidos. Queriam, e até me disseram isso sem cerimônia, que o jornal tivesse mandado um jornalista de São Paulo. Passei por cima desta questão. Até porque eu tinha muito que fazer durante os Jogos Abertos do Interior. O Estadão me hospedou no melhor hotel de Bauru, mas o que menos fiz naqueles dez dias fora de casa foi dormir. Acordava com o raiar do Sol e ia dormir sempre depois da meia-noite, ou seja, após a última competição e o último