Meu primeiro jornal, profissionalmente falando
Cláudio Amaral
Meu primeiro jornal foi O Sorridente, uma publicação mensal editada pela Associação dos Jovens da Seicho-No-Ie de Adamantina, no final dos anos 1960.
Era uma publicação feita amadoristicamente, mas com muita dedicação, empenho e até amor.
Refiro-me a O Sorridente na crônica que escrevi hoje e postei no final da noite no Blog do Cláudio Amaral: http://blogdoclaudioamaral.blogspot.com/2008/02/por-qu-50-hayashi.html.
Profissionalmente, entretanto, meu primeiro jornal foi o Jornal do Comércio de Marília.
Conheci o JC no início de 1968. Foi numa das minhas idas diárias a agência da EBCT, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, em Adamantina.
Ia lá buscar as correspondências colocadas na caixa postal do Foto Linense, onde eu trabalhava. E lá, certo dia, encontrei um exemplar do Jornal do Comércio de Marília.
O JC despertou minha atenção porque tinha o logotipo escrito em vermelho.
Li o jornal do começo ao fim. Página por página, notícia por notícia, anúncio por anúncio.
Copiei num envelope o nome do proprietário, o endereço, a cidade... e mandei para Marília uma cartinha me oferecendo para trabalhar como correspondente em Adamantina.
Fui aceito imediatamente. E, além de me aceitar, o proprietário do JC ainda me mandou cinco envelopes selados, para que eu não tivesse gasto com o envio de notícias e reportagens.
No começo, a partir de 1º de maio de 1968, escrevia uma vez por semana. Depois, a freqüência foi aumentando, até tornar-se diária.
Eu escrevia a mão, usando uma caneta Bic e papel pautado.
Só meses depois é que eu passei a escrever a máquina, usando uma Remington grande e barulhenta existente na secretaria administrativa da Câmara Municipal de Adamantina.
Na minha primeira visita à Redação do JC, em Marília, Mestre Irigino Camargo, o proprietário, me apresentou ao único revisor que conseguia ler os meus manuscritos. E ambos, dono e revisor, agradeceram o envio de textos datilografados.
Minhas primeiras notícias sairam no JC sem minha identificação e, por conta disso, mandei fazer um carimbo e passei a carimbar meu nome no pé de cada texto de minha autoria.
E por que eu procurei um jornal de outra cidade - Marília, no caso - e não uma publicação jornalística de minha cidade, Adamantina?
Como está tarde, deixo esse assunto para o próximo texto.
(*) Cláudio Amaral é jornalista desde 1º de maio de 1968. Trabalhou no Estadão, Correio Braziliense, Folha de S. Paulo, Jornal do Brasil, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, O Estado de MS, TV Morena/Globo (ambos em Campo Grande) e Comércio da Franca, entre outros veículos. É Master em Jornalismo para Editores pela Universidade de Navarra, Espanha, no Centro de Extensão Universitária (www.masteremjornalismo.org.br), em São Paulo. Atualmente, se dedica a preparar jovens jornalistas para o mercado de trabalho. E-mail: clamaral@uol.com.br.
23/2/2008 23:33:44
Meu primeiro jornal foi O Sorridente, uma publicação mensal editada pela Associação dos Jovens da Seicho-No-Ie de Adamantina, no final dos anos 1960.
Era uma publicação feita amadoristicamente, mas com muita dedicação, empenho e até amor.
Refiro-me a O Sorridente na crônica que escrevi hoje e postei no final da noite no Blog do Cláudio Amaral: http://blogdoclaudioamaral.blogspot.com/2008/02/por-qu-50-hayashi.html.
Profissionalmente, entretanto, meu primeiro jornal foi o Jornal do Comércio de Marília.
Conheci o JC no início de 1968. Foi numa das minhas idas diárias a agência da EBCT, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, em Adamantina.
Ia lá buscar as correspondências colocadas na caixa postal do Foto Linense, onde eu trabalhava. E lá, certo dia, encontrei um exemplar do Jornal do Comércio de Marília.
O JC despertou minha atenção porque tinha o logotipo escrito em vermelho.
Li o jornal do começo ao fim. Página por página, notícia por notícia, anúncio por anúncio.
Copiei num envelope o nome do proprietário, o endereço, a cidade... e mandei para Marília uma cartinha me oferecendo para trabalhar como correspondente em Adamantina.
Fui aceito imediatamente. E, além de me aceitar, o proprietário do JC ainda me mandou cinco envelopes selados, para que eu não tivesse gasto com o envio de notícias e reportagens.
No começo, a partir de 1º de maio de 1968, escrevia uma vez por semana. Depois, a freqüência foi aumentando, até tornar-se diária.
Eu escrevia a mão, usando uma caneta Bic e papel pautado.
Só meses depois é que eu passei a escrever a máquina, usando uma Remington grande e barulhenta existente na secretaria administrativa da Câmara Municipal de Adamantina.
Na minha primeira visita à Redação do JC, em Marília, Mestre Irigino Camargo, o proprietário, me apresentou ao único revisor que conseguia ler os meus manuscritos. E ambos, dono e revisor, agradeceram o envio de textos datilografados.
Minhas primeiras notícias sairam no JC sem minha identificação e, por conta disso, mandei fazer um carimbo e passei a carimbar meu nome no pé de cada texto de minha autoria.
E por que eu procurei um jornal de outra cidade - Marília, no caso - e não uma publicação jornalística de minha cidade, Adamantina?
Como está tarde, deixo esse assunto para o próximo texto.
(*) Cláudio Amaral é jornalista desde 1º de maio de 1968. Trabalhou no Estadão, Correio Braziliense, Folha de S. Paulo, Jornal do Brasil, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, O Estado de MS, TV Morena/Globo (ambos em Campo Grande) e Comércio da Franca, entre outros veículos. É Master em Jornalismo para Editores pela Universidade de Navarra, Espanha, no Centro de Extensão Universitária (www.masteremjornalismo.org.br), em São Paulo. Atualmente, se dedica a preparar jovens jornalistas para o mercado de trabalho. E-mail: clamaral@uol.com.br.
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