Ricardo Kotscho

Cláudio Amaral

Ricardo Kotscho está entre os jornalistas que eu mais admiro.

Nos conhecemos na Redação do Estadão em 1971.

Na época, o Estadão funcionava na Rua Major Quedinho, 28, no centro velho da Capital paulista.

A Redação ficava no 5º andar.

Em maio de 1971 eu fui transferido da Sucursal de Campinas, chefiada pelo Mestre Mário L. Erbolato, para a Redação da Major Quedinho.

E lá fui trabalhar na Equipe de Esportes.

O chefe era Ludemberg Góes e sob o comando dele trabalhavam jornalistas consagrados (como Clóvis Rossi, Luiz Carlos Ramos e Ricardo Kotscho) e a serem famosos (como Reginaldo Leme).

Trabalhavam também o saudoso Ney Craveiro, Darci Higobasi, João Prado, Ewerton Capri Freire... e lá cheguei eu, um caipira de Adamantina, vindo de Campinas, via Marília.

Ricardo Kotscho, o Ricardinho, foi com a minha cara e defendeu com unhas e dentes minha escalação para cobrir a sub-sede de Brasília do Campeonato Mundial de Basquete Feminino.

Argumentou, brigou, esbravejou... até que Góes concordou. E lá fui eu para a minha primeira viagem de avião.

Minha bagagem de mão era tão pequena, mas tão pequena, que os recepcionistas do Hotel Nacional, o mais famoso e mais charmoso da Capital Federal, só me aceitaram como hóspede porque a reserva havia sido feita em nome do Estadão.

Em função dessa amizade com Ricardo Kotscho, às 9h43 do dia 7 de dezembro de 2006, uma quinta-feira, eu mandei a ele um correio eletrônico nos seguintes termos:

Ricardinho, bom dia.
Desculpe-me, mas chovia muito.
Foi por isso que não fui ao lançamento do seu mais novo livro.
Ainda não comecei a ler.
Ele está nas mãos da Sueli porque estou mergulhado numa pesquisa a respeito de Jornalismo Econômico.
Estou empenhado também na elaboração de um texto dirigido Aos estudantes de Jornalismo, que espero transformar em livro, em 2007.
Uma das publicações que separei para consultar é o seu A prática da reportagem, que li há mais de 15 anos.
Vou consultar também O que é Jornalismo, do 'Grandão' (apelido do Clóvis Rossi).
Você tem algo para me sugerir a respeito?
Grande e forte abraço do
Cláudio Amaral

Três dias depois, um domingo, 10 de dezembro de 2006, ele me respondeu, em mensagem postada às 18h45:

Caro amigo Cláudio Amaral
O que posso te sugerir para o texto e o livro é contar o máximo que você puder da tua própria experiência, em especial das tuas andanças pelos interiores do país.
Como sobrevive nossa imprensa de papel fora dos grandes centros?
Acho que é isso.
Boa sorte.
Abraços,
Ricardo Kotscho

Cláudio Amaral
Jornalista Profissional registrado no Ministério do Trabalho sob o número 9.887 e matriculado no Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo sob o número 4.186

17/2/2008 14h58

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